Porque eu acho que a vida é assim. A gente tem que separar as coisas.
A vida é chorar e rir a vida inteira. Aproveitar os momentos de tranqüilidade e brincar um pouco. Depois, os outros é agüentar.
A vida é um sopro né?“
Excertos de um depoimento de Oscar Niemeyer para o filme A Vida é um sopro
Há dias que andava firme em torno da decisão. É a única racional a tomar. Pensava então. Penso hoje, também.
Mas há dias em que se intromete um insidioso "se...". Decerto que o conheço - não sei se lhe chame uma verdadeira dúvida relativamente ao acerto da decisão tomada ou se uma esperança de que a mesma esteja errada.
Hoje, foi um (de vários, enfim...) desses dias. Acordei sem o conforto de te saber por cá, sem a feliz expectativa do momento em que partilharíamos as pequenas coisas e loisas do nosso dia a dia; em que, por palavras (repetidas mas sempre calorosamente novas e tão nossas) ou por atitudes e atenções íamos expressando amorosamente o sentimento que nos une. Foi um dia de saudade.
Hoje, foi um desses dias. Um aperto no peito... Uma saudade... E... Se...
A decisão é certa, não vacila. Mas... e se as suas premissas não estiverem correctas?... e se há alguma coisa que jexplique este comportamento?... e se aconteceu alguma coisa?...
A decisão já não era tão certa. Um "se" de dúvida que se foi transformando em "se" de preocupação.
E estas palavras de Niemeyer que por acaso encontrei: pareciam um sinal. Não que eu acredite neles...
Tudo me impelia. Mais a minha vontade, a minha saudade e uma tremenda esperança (de onde me vem?!...).
Falei. Constatei que não havia acontecido nenhum acidente (ainda bem!) nem sequer surgido um obstáculo novo. Palavras desconexas. Algumas palavras de circunstância. Fiquei vazia. Estou vazia.
A vida é um sopro. Mas tu não estás cá.
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