Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque ja chorei demais...
Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe?
Eu só levo a certeza do que muito pouco eu sei...
E nada sei...
Conhecer as manhas e as manhãs....
O sabor das massas e das maçãs...
preciso amor para poder pulsar...
preciso paz para poder sorrir...
preciso chuva para florir...
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente...
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada
Eu sou...e pela estrada eu vou...
Conhecer as manhas e as manhãs...
O sabor das massas e das maçãs...
preciso amor para poder pulsar...
preciso paz pra poder sorrir...
preciso chuva para florir...
Todo o mundo ama um dia...todo o mundo chora...
Um dia a gente chega... o outro vai embora...
Cada um de nós compõe a sua historia...
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz...
Conhecer as manhas e as manhãs...
O sabor das massas e das maçãs...
preciso amor para poder pulsar...
preciso paz pra poder sorrir...
preciso chuva para florir...
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque ja chorei demais...
Cada um de nós compõe a sua historia...
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz...de ser feliz..
Tocando em Frente, sublime quando cantada por Maria Bethânia (aqui)
Tenho andado triste. Hoje, vi-me no espelho e quase me reconheci na cara triste que vi. Não pode ser! Eu não sou assim - e não quero ser assim!
Procurei as minhas coisas - tenho uma montanha de lembranças, de recordações, de escritos, de notas, de palavras e objectos que só para mim encerram mundos, lições, aspirações, emoções, ligações... Não é bem um roteiro da saudade; é mais uma mala de ferramentas que me consertam o alento.
Guardo, por exemplo, um fósforo assinado por um Amigo que mo afereceu dizendo-me: "Vou-de dar a lembrança mais original que alguma vez hás-de receber na tua vida." Na altura ri-me do disparate; hoje sorrio perante a natural arrogância da nossa juventude; 25 anos passados, dou-me conta que essa espontaneidade, essa capacidade de decidir que este há-de ser um acto irrepetível na nossa vida se foi, subjugado por alguma tibieza, por algum conformismo ou, pior, algum conformismo.
Naquele dia, o gesto foi mais um - daqueles que eram de todos os dias; a que se seguiriam infindáveis dias que o transformariam em disparate, ultrapassado que fosse por um gesto "de verdade".
Hoje, o fósforo faz parte dessa ferramenta que, não me tendo alegrado (claro!) me faz lembrar que cada ser carrega em si o dom de ser capaz de ser feliz. De tomar o destino nas nossas mãos.
Hoje, decido que quero sair da boiada e passar a tocar o restante pelo meu caminho!
Que saudades que eu tinha da minha caixa!
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