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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Da Esperança (sinal)

"Se aqui de um manso mar meu fundo indicio
Três ondas o apagam"
excerto do poema Inultimente Parecemos Grandes, extraído do livro Odes, de Ricardo Reis
A minha Irmã, que regressou da Ericeira, trouxe-me um pequeno farol, azul e branco. Um mimo.
Quando regressei a este espaço, dei de cara com o farol que o blog exibe (e que já estava num formato pronto a usar...). Daí à palavra de hoje o espaço foi curto!

No meu imaginário vagueiam algumas imagens romantizadas de faróis, faroleiros, de naufrágios e prodígios... Fácil é chamar o mistério, o portento,... as coisas que não conhecemos de facto, mas que queremos à viva força que existam. Todos nós desejaríamos um conto de fadas...

Mas não é por aí que rondam os meus pensamentos em torno desta palavra farol.
Os meus pensamentos vagueiam pela luz! Pela luz que se acende em cada farol, pequenina, bruxuleante e se propaga firme e útil milhas adentro dos oceanos, iluminando vidas: segurando rotas, afastando perigos, trazendo à luz o que é da luz.

Todos nós somos faróis. Todos nós temos esta capacidade esplêndida de sermos referência de nós, referência para os outros. Seremos faróis para os outros pela nossa forma de viver, pela nossa atenção e disponibilidade, pelos nossos gestos quotidianos em prol do afago de quem nos está próximo.

Como os faróis, temos de cuidar da nossa luz, para que ela sempre brilhe e cumpra o seu papel. No nosso caso: uma missão de bem-fazer, uma missão de amar.

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