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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Da Escolha (trigo)

"Inflama-me, poente: faz-me perfume e chama;
que o meu coração seja igual a ti, poente!
descobre em mim o eterno, o que arde, o que ama,
...e o vento do esquecimento arraste o que é doente!"

Há dias em que todas as palavras do mundo nos parecem desnecessárias.
Há momentos em que a palavra não é capaz de nomear o sentimento.
Mas há emoções que precisam de voz!

4 comentários:

  1. lindo esse poente que inflama com perfume e chama, lindo poema de Jiménez

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  2. Quem não gostaria de preservar instantes de magia, arredando o supérfluo?
    No entanto, talvez esses momentos não valessem o que valem se não tivessem, em seu redor, "o que é doente!". para que nos lembremos da sua transcendência.

    Abraço

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  3. Gisela,
    Obrigada por ter passado!
    Estas palavras do poeta são de facto grandiosas! Uma chama bruxuleante que nos atiça interiormente.
    Um abraço do canteiro de cravos

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  4. AC, obrigada por ter entrado!
    A nossa vida faz-se, de facto de todos os pontos e contrapontos. Saboreamos pleanamente a alegria, porque já experimentámos a tristeza, por exemplo.
    Mais do que a desvalorizar o supérfluo, o poema exorta-nos a não deixar que mágoas do passado sejam fronteiras ao nosso sonho, ao nosso empenho no futuro. Uma alma sempre nova, que aprende e se fortalece para ser livre.

    Abraço. Irei visitá-lo!

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